terça-feira, 29 de março de 2011

A família anfitriã




                                


 Cheguei  na cidade às 4 da tarde do dia 29, mas o fuso horário de Victoria é de 6 horas de diferença no inverno, ou seja, para o meu corpo, eram 10 horas da noite. Não dormi logo que cheguei, porque o ideal é fazer o corpo se acostumar com o jet lag. A Dale, amiga da Cindy, minha host, foi me buscar no aeroporto minúsculo de Victoria, porque ela ainda estava no trabalho.

                O aeroporto fica a trinta minutos de distância da cidade, de carro. A Dale me levou para dar uma volta, para passar o tempo até a Cindy chegar. No caminho, ela me explicava  sobre a influência indígena no Canadá, e que a denominação politicamente correta para eles lá é First Nations: Primeiras Nações. Passamos até por uma faculdade da reserva.  

Passamos também no Inner Harbour, no centro da cidade, que é onde fica localizado o Empress Hotel e o Parlamento, dois prédios que eu já conhecia das minhas pesquisas na internet. O tempo todo, eu admirava as casas, que eram maioria no local. Até prédios como o da prefeitura  ou o centro de conferências municipal tinham um toque vitoriano, o que para mim significava basicamente: casinha fofinha de boneca.

         Em Fernwood Road, isso não muda. Estacionamos logo atrás de uma caminhonete velha, branca, que a Dale disse que era da Cindy. Foto abaixo.


Eu já sabia do gato preto (Coleman), pelo relatório da PUC, e quando soube o telefone da Cindy, liguei logo para ela, para ter uma ideia de como seria a voz, assim a surpresa não seria tão grande. Se o seu ingles for razoavelmente bom, e você estiver disposto/a, fica como toque para evitar sotaques impossíveis, e para a sua família anfitriã ter alguma noção do seu nível de ingles. 

         A grande vantagem do intercâmbio de curta duração no inverno, na minha opinião, é que a estadia é em casa de família. Tem gente que prefere ficar em residência estudantil. Eu, pessoalmente, nunca fiquei, mas tenho preferência pelo Homestay por vários motivos:

1-      Você tem contato com falantes nativos em tempo integral, ao passo que na residência você convive com pessoas de vários países diferentes, o que pode ser uma faca de dois gumes. Se você estiver a fim de aprender ingles como eu estava, o tempo é essencial, e sugiro que fuja de brasileiros para não cair em tentação. Victoria fica lotada de brasileiros.

2-      Em programas universitários, especificamente no programa do Canadá, as famílias recebem dinheiro diretamente das suas mãos. É como se você estivessem alugando um quarto e, pelo menos no meu caso, tive bastante independência.  Você tem um quarto só para você (atenção: se tiver que dividir um quarto com mais de uma pessoa, é o caso de verificar a regularidade do programa, e de repente reclamar)  e uma certa independência.

3-      Café da manhã e jantar, e nos fins de semana, almoço, estão incluídos no preço que você paga. O que reduz as chances de engordar. Você só comerá for a no almoço, e pode levar comida de casa se desejar.  E poderá ir ao Mercado com a família, e informá-los sobre o que gosta de comer.

 Posso dizer que tive muita sorte com a família anfitriã, que no     caso consistia de uma mulher solteira. A Cindy tem os seus quarenta e poucos anos, cabelos pretos longos e é magra. Pelo que a Cindy também me informou, em geral os canadenses são mais ligados em uma vida saudável. Ela fazia muitos pratos com legumes e verduras, sopas e bastante frango. Comer carne vermelha todos os dias não é tão normal como no Brasil.  

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